domingo, 23 de outubro de 2011

I Festival PSI de Música


Dezessete dias. Esse foi o tempo que tivemos para planejar, organizar, produzir e realizar o I Festival PSI de Música na Faculdade Social. A noite de 30 de setembro de 2011 não foi apenas o último dia útil do mês e daquela semana, mas também o anúncio de que os dias que estavam por vir seguiram a mesma tônica emergencial comum a esses períodos. O relógio iria continuar acelerando e o tempo não esperaria por nós!

Com a pauta do Teatro ISBA liberada para o dia 17 de outubro, restou à comissão organizadora decidir o que era realmente possível ser concretizado e partir em busca do essencial. Dividimos as tarefas e ficou acordada a verificação do equipamento de som, equipe técnica e filmagem, além da divulgação e inscrição das bandas. O I Festival PSI de Música nasceu simples e o seu regulamento exigia apenas que os inscritos fossem alunos matriculados no curso de psicologia da Faculdade Social e as canções apresentadas fossem autorais. Nada foi realizado com facilidade, como se pode imaginar. O apoio da instituição foi praticamente nulo e tivemos de conviver com a constante possibilidade do evento não sair do papel.

Partimos para a divulgação e inscrições antes mesmo da garantia das outras partes. Pensamos nisso como estratégia para conseguir apoio dos inscritos e para reafirmar a concretização do Festival. Nem todas as bandas respeitaram o prazo de inscrições e acabamos adiando a data limite, o que foi amplamente prejudicial, pois, só pudemos ter o real conhecimento da logística e equipamentos necessários poucos dias antes.

Como se não bastasse quebrar a cabeça com toda a produção do evento, espero que vocês não tenham esquecido esse detalhe, tive ainda o trabalho de montar a minha própria banda; preparar repertório, conseguir músicos, reuni-los para ensaio, etc. Felizmente tive ao meu lado Lucas Andrade, grande amigo que, além de ser um dos líderes da organização, fez as guitarras no show. Lucas trouxe consigo o baterista Ronaldo Reis e coube a mim o convite do outro guitarrista, Flávio Gomes (Faul), do baixista Matheus Dunham e do vocal de apoio Léo Lima. Preparamos as músicas nas vésperas da apresentação e tudo parecia estar sob controle, exceto, talvez, o resfriado que contraí poucos dias antes e ainda me preocupava.

Matheus Dunham, Léo Lima, Flávio Gomes, Ronaldo Reis, Klaus Seydel e Lucas Andrade.

Eis que chega o dia do show; uma longa e cansativa segunda feira onde transportar e carregar todos os equipamentos seria apenas o começo da festa. Chegando ao teatro, como logo descobriríamos, deveríamos ainda esperar até às 18h para a passagem de som, ou seja, 1h antes do Festival, o que é absolutamente impraticável. Fizemos o que foi possível e começamos com esse ligeiro atraso.  A apresentação ficou por conta do professor Carlos Barros e do colega de psicologia Osvaldo Oliveira. O carisma de ambos foi tanto que rendeu comparações a um show de stand up. Carlos foi também a primeira atração do Festival. Vocalista da banda Chip Trio, abriu a noite fazendo versões acústicas das suas composições, entre elas, “Abaixo a Gravidade (Superoutro)”. Na sequência foi a vez da banda Beattitude subir ao palco. Os vencedores do I Festival Social de Música, em maio deste ano, apresentaram novas canções sem deixar de tocar “Negócios”, o carro-chefe da banda. Eu me apresentei logo em seguida. O repertório foi composto por “Dois Lados”, “O Jogo” e “Acreditar”, talvez os maiores sucessos da minha carreira, se assim posso dizer. A principio não fiquei satisfeito com a apresentação. O retorno no palco era muito ruim e não tínhamos boa referência do que o público ouvia. Isso nos fez pensar que o show tinha sido sem potência e sem energia, mas ao assistir às filmagens, ainda no camarim, percebi que fizemos boa apresentação. Depois da minha banda foi a vez de Djah Oz abrilhantar a noite  trazendo o seu rap de intervenção social junto com a ilustre participação do professor Carlos Barros, um exímio guitarrista. O apresentador Osvaldo Oliveira, que é também um excelente cantor, fez breve apresentação cantando alguns sucessos da MPB. Gláucia Ximys, que tem a voz tão doce quanto sua própria presença, fez uma belíssima apresentação das suas composições logo em seguida. Encerrando a festa, subiu ao palco a banda Eles_Eu, que participaram do I Festival Social de Música. Léo Lima, Alexandra Santos e companhia mostram que sua aprovação para a final no último concurso teria sido a decisão mais justa por parte dos juízes. Por fim, subimos todos ao palco e cantamos “Que País É Este?”, de Renato Russo.

O I Festival PSI de música traz, após a sua realização, lições fundamentais. Apesar de todos os obstáculos e das dificuldades para torná-lo real, não existe preço para a alegria de ver o Teatro ISBA parcialmente lotado e sentir a energia de amigos, colegas e professores em plena noite de segunda feira celebrando a arte. Nosso festival não foi competitivo, não teve vencedor ou premiação, mas saímos todos vitoriosos por termos agora na bagagem a realização de um evento próprio e na lembrança uma noite mais do que especial. A todos os envolvidos, muito obrigado!

Celebração

Agradecimentos: Faculdade Social, Teatro ISBA, Centro Acadêmico de Psicologia, Bila Brandão, Lucas Andrade, Carlos Barros, Djah Oz e Wendell Ferreira.



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