Como estão vocês?

Como estão vocês? Março e abril voaram, não é verdade? Enfim, indo logo ao que interessa, vocês devem ter notado minha ausência e quebra no bom ritmo de publicações que vínhamos conseguindo manter nos últimos meses. Credito esse pequeno afastamento a múltiplas causas e é sobre isso que esse texto pretende tratar. Relatarei brevemente as atividades que têm exigido uma maior atenção e, de antemão, informo que a música ocupa um lugar central nessas atividades.

Acho que nem preciso comentar o desgastante – e prazeroso, como não poderia deixar de ser – trabalho que a última publicação rendeu. E além do trabalho rendeu críticas também, talvez o texto mais criticado do blog até então. No fundo tudo isso é muito importante e muito bom! É justamente o nível de discussão que sempre desejei atingir aqui. Quando me refiro às críticas, é bom esclarecer, estou fazendo referência a todos os estilos; positivas e negativas, com sentido e sem sentido etc. Todo esse trabalho e recepção, como vocês podem imaginar, foi cansativo e decidi me dar uma pequena folga para pensar as próximas publicações e me dedicar a outros projetos, incluindo a faculdade. Pois bem, é nessa brecha que me abarrotei de ocupações e sem querer acabei ficando mais tempo do que esperava longe do A Sorte Nos Dirá Que Sim! Para aqueles que não ainda sabem, sou estudante universitário, graduando em Psicologia e a agenda do 8º semestre não é nada fácil. Por decisão pessoal matriculei-me antecipadamente na “disciplina” de TCC I, dando início ao meu trabalho de conclusão de curso, e eu não poderia estar mais satisfeito com a temática. Após tanto tempo pensando em como encaixar a música na minha formação, finalmente, depois de uma conversa com uma amiga, no fim do semestre passado, cheguei a tal solução. Acredito que para aqueles que me acompanham será uma boa notícia o fato de que tudo o que já conversamos por aqui será utilizado. Em que sentido? Por minha temática envolver a indústria cultural, os textos e comentários publicados aqui servirão como base para o caminho que pretendo seguir adiante. Ou seja, a minha monografia será um aprofundamento daquilo que estamos discutindo aqui há mais de um ano. Não é bacana? Para realizar tal empreendimento tenho encarado o que se pode chamar de uma disciplinada rotina de leituras. Preciso dar conta de uma vasta revisão de literatura e jamais pensei que esse trabalho fosse tão intrigante e prazeroso. Às vezes me pego com vontade de compartilhar cada descoberta, de fazer mil citações do que li, de retificar frases dos textos já publicados, enfim. Ao fazer todas essas pesquisas eu realmente não sei se penso mais na minha monografia ou no blog. Cá entre nós, talvez isso seja muito bom! A essa altura espero já ter justificado minha ausência, todavia, adianto que isso não é tudo. Com enorme alegria revelo, em primeira mão, a existência de mais dois projetos relacionados à área musical. O primeiro, e mais urgente, foi batizado com o nome de Circuito de Música nas Escolas e se trata de um projeto em parceria com a Aero Rock, uma banda de amigos. A ideia é levar nossas bandas às escolas de Salvador e fazer arrecadações de alimentos e materiais escolares para instituições sociais, ONGs etc. Pretende-se que todo o circuito seja filmado e se transforme numa espécie de DVD, com todas as limitações técnicas e econômicas que temos, obviamente. Por enquanto são essas as informações que posso transmitir. Me comprometo em passar as novidades por aqui ou nas outras mídias sociais que temos contato. Falemos agora do segundo projeto, um documentário. Não, não entrei para o mundo do cinema ou do jornalismo, embora não esconda minha profunda admiração por estas áreas. Este documentário, previsto para outubro, faz parte da comemoração dos 10 anos da minha primeira banda, a Alpha 3. Meus queridos amigos Edu Barreto, Rafael Barreto e eu iremos aproveitar a data para compartilhar músicas antigas e inéditas, fotos, vídeos caseiros e, é claro, nossas impressões sobre essa história tão importante para as nossas vidas. Será um documentário de lembranças, de recordações. Ainda estamos na fase de pré-produção, colhendo material, e assumo que não vejo a hora de tê-lo pronto. Volto aqui para divulgar a data de lançamento e já estão todos convidados para a sessão de estreia ainda sem data e local marcados. Por fim comento as aulas de violão; pela primeira vez estou me arriscando no papel de professor e a experiência está sendo muito enriquecedora. Assumo nunca ter sido um dos estudantes tecnicamente mais dedicados ao instrumento, mas a cada dia estou redescobrindo o prazer de aprendê-lo. Ao rever as teorias e práticas iniciais tenho reforçado meus conhecimentos e aprimorado minha execução. Por ousadia cheguei até a espreitar algumas introduções ao violão clássico, uma atividade a que pretendo seriamente me dedicar em breve. Se vocês desejam mesmo saber, digo-lhes que tenho passado bem. Vivendo a música com intensidade nunca antes experimentada em minha vida. Pela primeira vez tenho a possibilidade de unir, ao mesmo tempo, a parte teórica, a prática, os ensaios, o palco, a produção e o estudo crítico-sociológico. No fim das contas  minha maior alegria é não estar sozinho nesse caminho a poder compartilhar tudo isso com vocês. Tenho sentido muita falta dos nossos encontros e espero não demorar para trazer conteúdo novo. Seja lá como vocês estejam, é isso que lhes desejo hoje e sempre: música!